Este artigo visa mostrar o resultado de um estudo exploratório sobre a olericultura e a sustentabilidade do meio rural no município de Sorocaba-SP. Sorocaba está entre os 30 municípios brasileiros em termos de produto interno bruto e, boa parte de sua atividade econômica baseia-se num forte e diversificado parque industrial. No entanto, o município que é sede da 15ª Região Metropolitana brasileira possui uma agricultura muito dinâmica. Nesse sentido esse estudo buscou mostrar, a partir de um bairro da zona rural do município mapear o perfil e a expectativa dos agricultores no que tange aos desafios enfrentados, suas vulnerabilidades em termos socioeconômicos e sua relação com o meio ambiente. Foi, portanto, possível identificar diversos aspectos desafiadores para que a produção de alimentos no município seja mantida a longo prazo, pois se verifica uma série de elementos, como a especulação imobiliária que se intensificou no período da pandemia como uma forma de pressão sobre essas áreas importantes para a produção de alimentos e proteção de importantes recursos ambientais.
Cet article vise à montrer le résultat d'une étude exploratoire sur l'oléiculture et la durabilité des zones rurales dans la municipalité de Sorocaba-SP. Sorocaba fait partie des 30 municipalités brésiliennes en termes de produit intérieur brut, et une bonne partie de son activité économique repose sur un parc industriel fort et diversifié. Cependant, la municipalité qui est le siège de la 15e région métropolitaine brésilienne a une agriculture très dynamique. En ce sens, cette étude a cherché à cartographier, à partir d'un quartier rural de la commune, le profil et les attentes des agriculteurs au regard des défis rencontrés, leurs vulnérabilités sur le plan socio-économique et leur rapport à l'environnement. Il a donc été possible d'en identifier plusieurs aspects présentant ces caractéristiques pour que la production alimentaire dans la municipalité soit maintenue à long terme. Un certain nombre d'éléments, tels que la spéculation immobilière qui s'est intensifiée pendant la période pandémique a été vue comme une forme de pression sur ces zones importantes pour la production alimentaire et la protection de ressources environnementales.
Este artículo tiene como objetivo mostrar el resultado de un estudio exploratorio sobre la Oleicultura y la sostenibilidad de las áreas rurales en el municipio de Sorocaba-SP. Sorocaba se encuentra entre los 30 municipios brasileños en términos de producto interno bruto, y buena parte de su actividad económica se basa en un parque industrial fuerte y diversificado. Sin embargo, el municipio que es sede de la 15ª Región Metropolitana de Brasil tiene una agricultura muy dinámica. En ese sentido, este estudio buscó mostrar, desde un barrio rural del municipio, mapear el perfil y las expectativas de los agricultores frente a los desafíos que enfrentan, sus vulnerabilidades en términos socioeconómicos y su relación con el medio ambiente. Por lo tanto, fue posible identificar varios aspectos desafiantes para que la producción de alimentos en el municipio se mantenga en el largo plazo, ya que hay una serie de elementos, como la especulación inmobiliaria que se intensificó durante el período de pandemia como una forma de presión sobre estas áreas importantes para la producción de alimentos y la protección de importantes recursos ambientales.
This article aims to show the result of an exploratory study on Olericulture and the sustainability of rural areas in the municipality of Sorocaba-SP. Sorocaba is among the 30 Brazilian municipalities in terms of gross domestic product, and a good part of its economic activity is based on a strong and diversified industrial park. However, the municipality that is the seat of the 15th Brazilian Metropolitan Region has a very dynamic agriculture. In this sense, this study sought to show, from a rural neighborhood of the municipality, to map the profile and expectations of farmers regarding the challenges faced, their vulnerabilities in socioeconomic terms and their relationship with the environment. It was, therefore, possible to identify several challenging aspects so that food production in the municipality is maintained in the long term, as there are a number of elements, such as real estate speculation that intensified during the pandemic as a form of pressure on these important areas for food production and protection of important environmental resources.
1- Introdução
Esse artigo foi desenvolvido com o propósito de trazer discussões e contribuições sobre o papel da agricultura, a sustentabilidade no Município de Sorocaba e, bem como, e reflexões para o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado – PDUI que está em desenvolvimento na Região Metropolitana de Sorocaba desde o mês de abril de 2016.
Portanto, a pesquisa aqui apresentada busca trazer alguns elementos e subsídios para um tema muito caro para o planejamento regional que é o desenvolvimento econômico, no campo da agricultura e da sustentabilidade ambiental. Com as informações coletadas em campo, nesta pesquisa exploratória, traça-se algumas possibilidades teóricas e metodológicas para melhor compreensão da questão agropecuária, o desenvolvimento econômico, a sustentabilidade e possibilidades para subsidiar as intenções de planejamento regional, principalmente no atual cenário de pandemia em que segurança alimentar, geração de emprego e renda em conjunto com a política sanitária e ambiental passam a ser prioritárias.
2- A Região Metropolitana de Sorocaba e a sustentabilidade
Sorocaba e sua Região Metropolitana é, tradicionalmente, conhecida por sua história urbana e industrial. A indústria, na região, tem uma história, em termos de Brasil, bem antiga, que remete ao período da colonização portuguesa com os fornos de Afonso Sardinha no Século XVI e, com a instalação, da Real Fábrica de Ipanema por Dom João VI, no período do Reino Unido, Brasil-Portugal no começo do século XIX.
Sorocaba foi pioneira na produção industrial brasileira. Mas, foi no Século XX que a região teve seu desenvolvimento econômico pautado num processo contínuo de industrialização e diversificação econômica e consolidação de um polo dinâmico da economia brasileira no interior do Estado de São Paulo.
Entretanto, essa constatação muitas vezes oculta um setor muito vivo e dinâmico na região, a agricultura. A agricultura e a pecuária são partes intrínsecas do desenvolvimento social e econômico da região e até mesmo do país, vide o que foi a história do tropeirismo e a instalação da Ferrovia Sorocabana, no século XIX para, principalmente, escoar a produção agrícola.
A Região Metropolitana de Sorocaba, com cerca de 2 milhões de habitantes e uma forte economia industrial e de serviços é, também, a segunda mais agrícola do Estado de São Paulo, ficando apenas atrás da recém-criada de Região Metropolitana de Ribeirão Preto. Como pode se ver abaixo, levando em consideração a participação do valor adicionado do setor agropecuário e a comparação entre as demais Regiões Metropolitanas paulistas.
Tabela 1. Participação do Setor Agropecuário nas Regiões Metropolitanas de São Paulo.
Regiões Metropolitanas |
Ano |
Participação da Agropecuária no Valor Adicionado da Região Metropolitana % |
Região Metropolitana de Ribeirão Preto Região Metropolitana de Sorocaba |
2013 2013 |
5,27 2,99 |
Região Metropolitana de Campinas |
2013 |
1,02 |
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte |
2013 |
0,53 |
Região Metropolitana da Baixada Santista |
2013 |
0,28 |
Região Metropolitana de São Paulo |
2013 |
0,13 |
Fonte: Ribeiro, F.C. et al. 2017: 25
Assim, importante apontar que até a criação da Região Metropolitana de Ribeirão Preto, no de 2017, a Região Metropolitana de Sorocaba era a região mais agrícola do Estado de São Paulo e, conforme aponta Ribeiro et al. (2017) a participação do setor agropecuário no valor adicionado, quando comparado com Campinas, é 193% maior e, se comparada com a Região Metropolitana do vale do Paraíba, é 464%.
Tendo em conta que a Região Metropolitana de Sorocaba tem intensa produção Olerícola, representando 20% da produção do Estado, defendemos que essa região metropolitana é merecedora de um olhar diferenciado para o desenvolvimento de estudos de melhoria genética, agroecologia e demais técnicas que visem aliar grande produtividade, competitividade e sustentabilidade econômica e ambiental.
Diante desse cenário esta pesquisa buscou analisar o perfil da olericultura, na região conhecida como Caguaçu, importante zona rural do município de Sorocaba. Para tal foram elencados os seguintes objetivos específicos:
-
Verificar se há indicadores de sustentabilidade nas atividades desenvolvidas pela olericultura no Caguaçu em Sorocaba;
-
Verificar se o desenvolvimento da agricultura e da olericultura contribuem para ampliação dos problemas ambientais na região;
-
Contribuir com o programa de pós-graduação em Ciencias Ambientais do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp, Campus Sorocaba, e com Curso de Engenharia Ambiental da Universidade de Sorocaba - Uniso por meio da participação do processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado – PDUI;
-
Contribuir para a discussão das políticas públicas no campo socioambiental, por meio da pesquisa e da oferta de disciplinas para a pós-graduação em ciências ambientais;
Tratou-se de uma pesquisa exploratória. Pesquisa exploratória e quando a pesquisa se encontra na fase preliminar, temo como finalidade proporcionar mais informações sobre o assunto que será investigado, possibilitando sua definição e seu delineamento, isto é, facilitar a delimitação do tema da pesquisa, orientar a fixação dos objetivos e a formulação das hipóteses ou descobrir um novo tipo de enfoque para o assunto. A base de dados para esta pesquisa será o levantamento de campo feito nos últimos 6 anos.
A partir das informações coletadas no levantamento de campo na região conhecida como Caguaçu, localizada na Zona Norte do Município de Sorocaba e definida, conforme o atual Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial é uma das poucas áreas municipais definidas como Zona Rural e que, historicamente, tem tido importância significativa na produção agropecuária, especialmente, na olericultura. Com esse estudo exploratório busca-se trazer um panorama de uma realidade específica, que poderá ser útil para a compreensão dessa temática na Região Metropolitana de Sorocaba.
3- Olericultura na Região Metropolitana de Sorocaba
Segundo Tessaroli Neto:
A olericultura é uma palavra derivada do latim, "Olus, oleris" - que significa hortaliça, e "colere", que significa cultivar. Assim, em bom português, o termo é aplicado para designar o cultivo de certas plantas de consistência herbácea, geralmente de ciclo curto e tratos culturais intensivos, cujas partes comestíveis são consumidas diretamente, ou seja: as hortaliças.
As culturas abrangidas pela “olericultura” são denominadas também de culturas “oleráceas”, como sinônimo de “hortaliça”, segundo uma boa terminologia agronômica e correto emprego da língua portuguesa. Entretanto, tais plantas são também popularmente conhecidas como “verduras” e “legumes” – termos pouco esclarecedores, mas muito utilizados pela população (2006, 5).
A Região Metropolitana de Sorocaba produz ao menos, 1.141.796,68 toneladas em olericultura. Falamos aos menos, pois usamos a classificação de Camargo et al. (2004) e dessa classificação extraímos os dados do Instituto de Economia Agrícola A produção dos produtos abaixo selecionados, ainda que com algumas adaptações necessárias.
Tabela 2. Olericultura produzida- na Região Metropolitana de Sorocaba-Produtos
Produto |
Produção (ton) |
Alface |
255.465,90 |
Repolho |
177.612,00 |
Beterraba |
134.683,92 |
Cenoura |
105.171,50 |
Batata seca |
71.680,00 |
Milho safrinha |
44.732,40 |
Chuchu |
38.367,45 |
Abobrinha |
33.922,66 |
Batata das águas |
33.400,00 |
Couve-flor |
29.380,89 |
Mandioca para mesa |
28.415,00 |
Tomate envarado |
26.874,00 |
Batata de inverno |
23.350,00 |
Batata doce |
21.017,76 |
Cebola de muda |
20.713,00 |
Pepino |
18.716,40 |
Pimentão |
17.140,32 |
Brócolos |
11.167,92 |
Melancia |
11.020,00 |
Abobora seca |
8.129,00 |
Cebola de bulbinho (soqueira) |
8.090,00 |
Couve |
6.939,78 |
Berinjela |
6.700,46 |
Morango |
3.450,00 |
Vagem |
3.284,32 |
Quiabo |
1.960,00 |
Mandioquinha |
360 |
Melão |
20 |
Tomate rasteiro |
18 |
Alho |
14 |
Total |
1.141.796,68 |
Fonte: Elaboração Própria, com base nos dados do Instituto de Economia Agrícola.
A produção dos municípios, bem como a área cultivada segue conforme abaixo.
Tabela 3. Produção e área cultivada de Olericultura Na Região Metropolitana de Sorocaba
Região Metropolitana |
Produção (ton) |
Área (ha) |
Alambari |
13.552,00 |
1.300,00 |
Alumínio |
686,74 |
31,00 |
Araçariguama |
1.197,78 |
49,00 |
Araçoiaba da Serra |
11.243,90 |
800,00 |
Boituva |
2.336,20 |
392,00 |
Capela do Alto |
6.316,70 |
440,00 |
Cerquilho |
1.960,35 |
135,00 |
Cesário Lange |
606,00 |
14,00 |
Ibiuna |
259.626,00 |
5.556,00 |
Iperó |
4.944,91 |
462,00 |
Itapetininga |
72.416,11 |
2.559,00 |
Itu |
1.808,32 |
42,00 |
Jumirim |
350,48 |
121,55 |
Mairinque |
10.632,13 |
344,20 |
Piedade |
588.921,07 |
16.988,00 |
Pilar do Sul |
31.795,90 |
3.032,00 |
Porto Feliz |
3.440,50 |
171,00 |
Salto |
7.005,80 |
272,00 |
Salto de Pirapora |
5.114,60 |
680,00 |
São Miguel Arcanjo |
70.553,90 |
5.338,50 |
São Roque |
9.872,60 |
731,70 |
Sarapuí |
15.792,00 |
678,00 |
Sorocaba |
11.370,19 |
479,80 |
Tapiraí |
90,00 |
9,00 |
Tatuí |
7.304,60 |
344,00 |
Tietê |
2.158,76 |
580,00 |
Votorantim |
699,14 |
36,40 |
Total |
1.141.796,68 |
41.586,15 |
Fonte: elaboração do autor com base nos dados do IEA3.
Podemos fazer também um comparativo entre a área cultivada com relação ao volume de áreas de culturas temporárias e permanentes e com referência a área rural total4.
A olericultura representa 22,41% das culturas temporárias e permanentes da Região Metropolitana de Sorocaba e quando comparada a área rural total, representa 5,27% da área rural total.
Cabe ressaltar que esses números estão sujeitos à distorções e restrições: primeiro por que nem todos os produtos em olericultura da Região Metropolitana estão com dados disponíveis, segundo por que, comparamos dados de 2015 (mais atuais) com os dados da Lupa de 2007, portanto por isso só já é uma distorção. Poderíamos unificar os períodos, mas teríamos que regredir até 2007; então, preferimos essa distorção e trabalharmos com dados mais atuais.
Tabela 4. Olericultura na Região Metropolitana de Sorocaba em áreas.
Região Metropolitana de Sorocaba |
Área Olericultura - ha (2015) |
Área total agricultura (LUPA 2) temporária e permanente - ha (2007) |
Área rural total - ha (2007) |
Alambari |
1.300,00 |
3.085,70 |
16.852,80 |
Alumínio |
31,00 |
98,80 |
7.577,80 |
Araçariguama |
49,00 |
17,60 |
1.586,80 |
Araçoiaba da Serra |
800,00 |
2.036,70 |
13.257,40 |
Boituva |
392,00 |
7.968,30 |
19.571,60 |
Capela do Alto |
440,00 |
6.425,90 |
17.433,30 |
Cerquilho |
135,00 |
5.159,30 |
12.168,80 |
Cesário Lange |
14,00 |
9.031,80 |
20.925,20 |
Ibiuna |
5.556,00 |
5.653,70 |
43.348,40 |
Iperó |
462,00 |
3.668,00 |
11.547,30 |
Itapetininga |
2.559,00 |
48.782,40 |
162.081,60 |
Itu |
42,00 |
2.863,50 |
29.168,10 |
Jumirim |
121,55 |
971,80 |
5.156,70 |
Mairinque |
344,20 |
674,30 |
5.395,30 |
Piedade |
16.988,00 |
9.057,50 |
47.685,40 |
Pilar do Sul |
3.032,00 |
7.694,10 |
56.476,70 |
Porto feliz |
171,00 |
26.452,40 |
42.408,80 |
Salto |
272,00 |
1.855,30 |
5.743,20 |
Salto de Pirapora |
680,00 |
2.935,50 |
21.967,90 |
São Miguel arcanjo |
5.338,50 |
15.980,20 |
95.066,90 |
São Roque |
731,70 |
728,80 |
5.627,30 |
Sarapuí |
678,00 |
4.068,50 |
27.700,90 |
Sorocaba |
479,80 |
2.256,20 |
13.433,10 |
Tapiraí |
9,00 |
1.858,70 |
18.345,90 |
Tatuí |
344,00 |
15.881,60 |
38.103,30 |
Tietê |
580,00 |
16.176,40 |
36.657,80 |
Votorantim |
36,40 |
336,60 |
13.821,30 |
Total |
41.586,15 |
185.543,20 |
789.109,60 |
Fonte: Elaboração dos autores com base nos dados do IEA (2015) e Projeto Lupa (2007).
Se compararmos os dados agregados do Instituto de Economia Agrícola, estão disponíveis, atualmente, por Região Administrativa ou por Escritório de Desenvolvimento Rural, e por isso temos a seguinte questão: Todos os municípios da Região Metropolitana de Sorocaba estão dentro da Região Administrativa de Sorocaba. Ocorre que os municípios da Região Administrativa de Sorocaba, escolhidos para fins de dados do Instituto de Economia Agrícola, são 48, já os municípios da Região Metropolitana de Sorocaba, são 27.
Assim, importante fazermos um comparativo de inserção-exclusão para avaliar o tamanho da proximidade ou distorção de dados, quando utilizamos as duas metodologias.
Quadro 1. Comparativo, segundo municípios escolhidos pelo Instituto de Economia Agrícola para Banco de Dados, que pertencem a Região Administrativa de Sorocaba e Região Metropolitana de Sorocaba
Municípios |
Na R.A. de Sorocaba? |
Na RM de Sorocaba? |
Águas de santa bárbara |
Sim |
Não |
Alambari |
Sim |
Sim |
Alumínio |
Sim |
Sim |
Anhembi |
Sim |
Não |
Araçariguama |
Sim |
Sim |
Araçoiaba da serra |
Sim |
Sim |
Areiópolis |
Sim |
Não |
Avaré |
Sim |
Não |
Bofete |
Sim |
Não |
Boituva |
Sim |
Sim |
Botucatu |
Sim |
Não |
Capela do Alto |
Sim |
Sim |
Cerqueira César |
Sim |
Não |
Cerquilho |
Sim |
Sim |
Cesário Lange |
Sim |
Sim |
Conchas |
Sim |
Não |
Coronel Macedo |
Sim |
Não |
Guareí |
Sim |
Não |
Iaras |
Sim |
Não |
Ibiúna |
Sim |
Sim |
Iperó |
Sim |
Sim |
Itapetininga |
Sim |
Sim |
Itatinga |
Sim |
Não |
Itu |
Sim |
Sim |
Jumirim |
Sim |
Sim |
Laranjal Paulista |
Sim |
Não |
Mairinque |
Sim |
Sim |
Manduri |
Sim |
Não |
Pardinho |
Sim |
Não |
Pereiras |
Sim |
Não |
Piedade |
Sim |
Sim |
Pilar do Sul |
Sim |
Sim |
Porangaba |
Sim |
Não |
Porto feliz |
Sim |
Sim |
Pratânia |
Sim |
Não |
Quadra |
Sim |
Não |
Salto |
Sim |
Sim |
Salto de Pirapora |
Sim |
Sim |
São Manuel |
Sim |
Não |
São Miguel Arcanjo |
Sim |
Sim |
São Roque |
Sim |
Sim |
Sarapuí |
Sim |
Sim |
Sorocaba |
Sim |
Sim |
Tapiraí |
Sim |
Sim |
Tatuí |
Sim |
Sim |
Tietê |
Sim |
Sim |
Torre de Pedra |
Sim |
Não |
Votorantim |
Sim |
Sim |
Fonte: Elaboração dos autores, com base na metodologia do Instituto de Economia Agrícola. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/banco/distrib.php.
Como se pode perceber, não é possível usar os dados do IEA de maneira agregada, utilizando a região Administrativa de Sorocaba, para apurar a produção olerícola da região Metropolitana de Sorocaba sem uma significativa distorção. Entretanto é possível fazê-lo, e constituir uma boa aproximação, utilizando a metodologia de agregação dos Escritórios de Desenvolvimento Rural.
Abaixo, é possível verificar, segundo o IEA, em que Escritório de Desenvolvimento Rural se encontra cada município da Região Metropolitana de Sorocaba.
Quadro 2. Escritórios de desenvolvimento Regional a que pertencem os municípios da Região Metropolitana de Sorocaba
Município |
Escritório de desenvolvimento Regional Sorocaba |
Escritório de Desenvolvimento Regional Itapetininga |
Outros EDRS |
Região Administrativa de Sorocaba |
Alambari |
||||
Alumínio |
||||
Araçariguama |
||||
Araçoiaba da Serra |
||||
Boituva |
||||
Capela do Alto |
||||
Cerquilho |
PIRACICABA |
|||
Cesário Lange |
||||
Ibiuna |
||||
Iperó |
||||
Itapetininga |
||||
Itu |
||||
Jumirim |
PIRACICABA |
|||
Mairinque |
||||
Piedade |
||||
Pilar do Sul |
||||
Porto feliz |
||||
Salto |
||||
Salto de Pirapora |
||||
São Miguel Arcanjo |
||||
São Roque |
||||
Sarapuí |
||||
Sorocaba |
||||
Tapiraí |
||||
Tatuí |
||||
Tietê |
PIRACICABA |
|||
Votorantim |
Fonte: Elaboração dos autores, com base na metodologia do Instituto de Economia Agrícola. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/banco/distrib.php.
As cores verdes representam estar dentro ou do universo dos EDRs Sorocaba e Itapetininga já os laranjas destacam os que estão fora desses EDRs.
Confrontando agora com a classificação do IEA, com referência aos Escritórios de Desenvolvimento Regional, no Escritório Regional de Desenvolvimento Rural de Sorocaba, salvo Cabreúva, todos os municípios do Escritório de Desenvolvimento Rural de Sorocaba, escolhidos pelo IEA, pertencem à Região Metropolitana de Sorocaba.
Quadro 3. Municípios do EDR Sorocaba, conforme metodologia do IEA que pertencem à Região Metropolitana de Sorocaba.
Municípios |
EDR Sorocaba |
RMS |
Alumínio |
Sim |
Sim |
Araçariguama |
Sim |
Sim |
Araçoiaba da Serra |
Sim |
Sim |
Boituva |
Sim |
Sim |
Cabreúva |
Sim |
Não |
Capela do alto |
Sim |
Sim |
Ibiúna |
Sim |
Sim |
Iperó |
Sim |
Sim |
Itu |
Sim |
Sim |
Mairinque |
Sim |
Sim |
Piedade |
Sim |
Sim |
Pilar do Sul |
Sim |
Sim |
Porto feliz |
Sim |
Sim |
Salto |
Sim |
Sim |
Salto de Pirapora |
Sim |
Sim |
São Roque |
Sim |
Sim |
Sorocaba |
Sim |
Sim |
Tapiraí |
Sim |
Sim |
Votorantim |
Sim |
Sim |
Fonte: Fonte; Elaboração dos autores, com base na metodologia do Instituto de Economia Agrícola. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/banco/distrib.php.
Já os municípios escolhidos pela metodologia, que pertencem ao Escritório de Desenvolvimento Rural de Itapetininga, são:
Quadro 4. Municípios do EDR Itapetininga, conforme metodologia do IEA que pertencem à Região Metropolitana de Sorocaba.
Município |
EDR Itapetininga |
RMS |
Alambari |
Sim |
Sim |
Angatuba |
Sim |
Não |
Campina do Monte Alegre |
Sim |
Não |
Capão bonito |
Sim |
Não |
Cesário Lange |
Sim |
Sim |
Guareí |
Sim |
Não |
Itapetininga |
Sim |
Sim |
Porangaba |
Sim |
Não |
Ribeirão Grande |
Sim |
Não |
São Miguel Arcanjo |
Sim |
Sim |
Sarapuí |
Sim |
Sim |
Tatuí |
Sim |
Sim |
Torre de Pedra |
Sim |
Não |
Fonte: Elaboração dos autores, com base na metodologia do Instituto de Economia Agrícola. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/banco/distrib.php.
Como se pode observar, somando os EDRs de Sorocaba e Itapetininga, estão abrangidos dados agrícolas de 24 municípios da Região Metropolitana de Sorocaba. Entretanto ficam indevidamente fora da soma três municípios: Cerquilho, Jumirim e Tietê que pertencem ao EDR de Piracicaba. Por outro lado, oito municípios, a saber: Cabreúva, Angatuba, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Guareí, Porangaba, Ribeirão Grande e Torre de Pedra, entram indevidamente na soma.
Sem desconsiderar essas limitações e arriscando somar a produção dos dados de produção classificados pelos EDRs de Sorocaba e Itapetininga, como uma proxy da produção da Região Metropolitana de Sorocaba, observa-se os seguintes números:
Tabela 5. Produção de Olerícola, somando os dados dos EDR de Sorocaba e Itapetininga, como uma proxy da produção Olerícola da Região Metropolitana de Sorocaba.
Produto |
Produção (ton) |
Repolho |
177.849,00 |
Alface |
142.100,80 |
Beterraba |
134.712,72 |
Cenoura |
105.262,50 |
Batata da seca |
90.580,00 |
Milho (safrinha) |
89.084,40 |
Batata das águas |
55.850,00 |
Chuchu |
38.401,95 |
Abobrinha |
34.260,66 |
Couve-flor |
33.975,59 |
Tomate envarado |
32.680,00 |
Mandioca para a mesa |
29.503,75 |
Cebola de muda |
24.913,00 |
Batata de inverno |
23.350,00 |
Batata doce |
21.023,76 |
Pepino |
18.928,39 |
Pimentão |
17.338,32 |
Melancia |
17.120,00 |
Brócolos |
11.166,42 |
Abóbora seca |
8.729,00 |
Cebola de bulbinho (soqueira) |
8.090,00 |
Couve |
7.246,67 |
Berinjela |
5.447,78 |
Morango |
3.900,00 |
Vagem |
3.709,75 |
Quiabo |
2.248,00 |
Mandioquinha |
360,00 |
Melão |
20,00 |
Tomate rasteiro |
18,00 |
Alho |
14,00 |
Total |
1.137.884,46 |
Fonte: Elaboração dos Autores, com base nos dados agregados do IEA.
Como podemos ver, seja através de uma forma ou de outra, podemos afirmar, com boa margem e segurança, que a produção Olerícola da Região Metropolitana de Sorocaba, gravita em torno de um milhão e duzentas mil toneladas anuais.
Olhando pelo mesmo método de área plantada, os números já diferem um pouco mais significativamente, pois vejamos:
Tabela 6. Área Plantada somando os dados dos EDR de Sorocaba e Itapetininga, como uma proxy da produção Olerícola da Região metropolitana de Sorocaba (2015).
Produto |
Área plantada na RMS (ha) |
Milho (safrinha) |
18.349,00 |
Alface |
4.522,80 |
Repolho |
4.053,00 |
Beterraba |
4.009,40 |
Batata da seca |
3.235,00 |
Cenoura |
3.234,40 |
Batata das águas |
2.910,00 |
Mandioca para a mesa |
1.562,00 |
Abobrinha |
1.446,60 |
Couve |
1.098,00 |
Batata doce |
1.033,60 |
Batata de inverno |
975,00 |
Couve-flor |
749,50 |
Cebola de muda |
704,50 |
Brócolos |
665,00 |
Melancia |
628,00 |
Tomate envarado |
603,00 |
Abóbora seca |
467,00 |
Chuchu |
448,00 |
Pimentão |
390,00 |
Pepino |
344,00 |
Cebola de bulbinho (soqueira) |
250,00 |
Vagem |
221,00 |
Berinjela |
214,30 |
Quiabo |
160,00 |
Morango |
109,40 |
Mandioquinha |
26,00 |
Toma rasteiro |
4,00 |
Alho |
3,00 |
Melão |
1,00 |
Total |
52.416,50 |
Fonte: elaboração do autor com base nos dados agregados do IEA.
Evidentemente, essa diferença maior é fruto das diferenças de agregação, mas se fizermos um comparativo das coincidências, conforme tabela abaixo veremos, que a diferença ocorre em poucos produtos, aí, que podemos considerar que a Região Metropolitana de Sorocaba, tem ao menos 41.146,15 ha. de área plantada em Olericultura.
Vejamos as coincidências dos dois métodos:
Tabela 7. Cálculo de área plantada da Olericultura, segundo as duas metodologias.
Produto |
Área plantada em hectares (1) |
Área plantada em hectares (2) |
Milho (safrinha) |
18.349,00 |
10.169,00 |
Alface |
4.522,80 |
4.559,50 |
Repolho |
4.053,00 |
4.040,10 |
Beterraba |
4.009,40 |
4.007,40 |
Batata da seca |
3.235,00 |
2.335,00 |
Cenoura |
3.234,40 |
3.226,40 |
Batata das águas |
2.910,00 |
1.760,00 |
Mandioca para a mesa |
1.562,00 |
1.472,20 |
Abobrinha |
1.446,60 |
1.431,10 |
Couve |
1.098,00 |
1.096,05 |
Batata doce |
1.033,60 |
1.033,40 |
Batata de inverno |
975,00 |
975,00 |
Couve-flor |
749,50 |
745,10 |
Cebola de muda |
704,50 |
584,50 |
Brócolos |
665,00 |
665,10 |
Melancia |
628,00 |
423,00 |
Tomate envarado |
603,00 |
496,00 |
Abóbora seca |
467,00 |
442,00 |
Chuchu |
448,00 |
445,00 |
Pimentão |
390,00 |
381,00 |
Pepino |
344,00 |
338,00 |
Cebola de bulbinho (soqueira) |
250,00 |
250,00 |
Vagem |
221,00 |
231,00 |
Berinjela |
214,30 |
211,90 |
Quiabo |
160,00 |
140,00 |
Morango |
109,40 |